Procedimento não invasivo (sem cortes) e clinicamente testado que reduz camadas de gordura em áreas difíceis (abdome, flancos, região interna da coxa, gordura das costas e submentoniana). O aparelho utilizado possui ventosas (aplicadores) de diversos tamanhos e a escolha do aplicador dependerá da quantidade de gordura e da área corporal a ser tratada.
A criolipólise é uma tecnologia revolucionária de resfriamento controlado que ataca somente as células de gordura no local da aplicação, induzindo à eliminação de forma natural e controlada. O volume de gordura na área tratada é reduzido sem danificar os tecidos ao redor. O resultado é percebido após dois a três meses da aplicação. Um novo procedimento, no mesmo local, só poderá ser realizado após esse período. A média estimada de redução de gordura após um único procedimento é de 25%.
As contraindicações são mínimas: gestação, hérnia no local, urticária ao frio e crioglobulinemia (doenças relacionadas ao frio, pois se trata de uma técnica que tem como base o congelamento). Importante: pacientes com diabetes, problemas cardíacos ou com outras contraindicações para cirurgia podem se submeter à criolipólise.
Indicação
Utilizado para redução de gordura localizada em pacientes não obesos e com gordura fácil de pinçar com a mão (que encaixe no aplicador).
Termo médico utilizado para descrever a aplicação de uma substância cáustica ou ácida sobre uma lesão, com o objetivo de removê-la. Após a aplicação do produto, a lesão fica esbranquiçada e pode arder. Ao redor do local tratado a pele pode ficar vermelha, irritada e até inchada. Nos dias subseqüentes, a área escurece e fica enrijecida, devido à morte das células. Duas semanas após o procedimento, as crostas que se formam sobre a lesão são eliminadas.
O tipo de substância utilizada pode levar a um aspecto diferente, com coloração amarelada, em vez de esbranquiçada. A substância mais utilizada é o ácido tricloroacético, mas outros ácidos podem ser utilizados, a critério médico e de acordo com a doença em questão. O hidróxido de potássio é outra substância que pode ser usada, notadamente no tratamento do molusco contagioso, conforme a avaliação do dermatologista.
Indicação
Normalmente, usa-se a técnica para tratar queratoses actínicas, queratoses seborreicas, verrugas virais, granuloma piogênico (área sangrante que pode surgir após um trauma ou machucado na pele ou mucosa), entre outros problemas. Podem ser necessárias várias sessões, a depender do tipo de lesão tratada.
A cirurgia micrográfica de Mohs pode ser considerada a técnica mais refinada, precisa e efetiva para o tratamento dos tipos mais frequentes de câncer da pele. Por meio dela é possível identificar e remover todo o tumor, preservando a pele sã em torno da lesão. O procedimento consiste na retirada do câncer da pele, camada por camada, e do exame de cada uma delas ao microscópio, até que se obtenha margem livre, ou seja, até a remoção completa do tumor (o nível de precisão e acerto pode chegar a 98%). Esta precisão é possível já que praticamente 100% das margens são checadas pelo microscópio, durante a cirurgia. Após a obtenção da margem livre, é realizada a reconstrução da ferida (resultante da “retirada“ do tumor).
Para a realização da cirurgia micrográfica de Mohs é necessário que o médico tenha conhecimento dos tumores, de histologia, de cirurgia, assim como de técnicas de reconstrução.
O nome cirurgia micrográfica relaciona-se ao mapeamento e orientação precisos realizados durante a cirurgia de Mohs, o que permite retirar o tumor e, ao mesmo tempo, o exame, conforme descrito acima. Já o Mohs vem em razão do nome do criador da técnica, Frederic E. Mohs, que a criou nos anos 1930. Contudo, com o desenvolvimento tecnológico na medicina, essa técnica sofreu grande transformação, em especial com o emprego do criostato, aparelho que permite congelar e realizar os cortes da pele, para que seja realizado o exame do tumor durante a cirurgia.
A cirurgia de Mohs nasceu e se desenvolveu dentro da dermatologia, motivo de orgulho para esta especialidade.
Criocirurgia, também conhecida como crioterapia, é um processo terapêutico baseado no tratamento de lesões pelo frio. O resfriamento rápido da pele provoca inúmeras alterações imunológicas e destruição dos tecidos, inclusive, podendo induzir à morte celular programada (apoptose). Vários agentes químicos diferentes podem ser utilizados para se conseguir o resfriamento abrupto da pele. O mais comumente usado é o nitrogênio líquido, na temperatura de -195,8ºC. É um método seguro, limpo, rápido e altamente eficaz, quando bem indicado e corretamente utilizado
A curetagem, na dermatologia, é uma técnica específica de remoção de tecido utilizando-se um instrumento não cortante, a cureta. Pode ser realizada como procedimento único para lesões superficiais, como, por exemplo, molusco contagioso ou ceratose seborreica, ou como complemento em tratamento de outras lesões cutâneas, como verrugas gerais, ou até carcinomas basocelulares.
Quando realizada superficialmente, pode ser feita apenas com anestesia tópica. Para procedimentos mais profundos, demorados ou em pacientes mais sensíveis é recomendável a infiltração anestésica.
Indicação
É muito corriqueiro a curetagem fazer parte de outro procedimento maior como, por exemplo, uma eletrocirurgia ou uma criocirurgia. As indicações mais comuns desse método são em casos de:
– Molusco contagioso;
– Verrugas virais;
– Ceratose seborreica;
– Ceratose actínica;
– Carcinoma basocelulares pequenos e de baixa agressividade.
Eletrocauterização, ou simplesmente cauterização, é um procedimento cirúrgico destrutivo. Para que seja realizado, é necessário primeiro limpar o local da excisão; em seguida, aplica-se uma injeção local de anestésico com ou sem vasoconstritor (para controlar possíveis sangramentos).
A lesão é carbonizada por eletricidade e calor, sendo que o material pode ser coletado e enviado para análise patológica ou não. A recuperação é rápida. Normalmente o paciente retoma as suas atividades no mesmo dia, e o ferimento cicatriza em até quinze dias. É recomendado não expor a área ao sol por dois meses.
Indicação
Utilizada para retirar alguns tipos de tumores benignos e alguns tipos de cânceres da pele. Também pode ser realizada para retirar também lesões benignas da pele, como hiperplasias sebáceas e ceratoses seborreicas.
O que é
Hiperpigmentação é o escurecimento da pele por aumento da produção da melanina. Pode ocorrer em toda a pele, como no caso do bronzeamento pelo sol, ou apenas em parte dela e até nas unhas. Isso resulta em manchas que variam de castanho claro ao preto, e que também podem variar em tamanho e forma.
É uma alteração cutânea comum e que pode prejudicar a aparência e a qualidade de vida dos pacientes. Podem ser causadas por inúmeros fatores como: exposição solar, trauma, uso de hormônio ou de algumas medicações, doenças endocrinológicas, uso de alguns cosméticos, exposição a agentes físicos e químicos, alterações genéticas e tumores (melanomas).
Sintomas
O principal é o surgimento de machas escuras na pele que estejam crescendo, ou não melhorem espontaneamente.
Tratamento
O diagnóstico é feito pelo exame clínico e, às vezes, também com exames complementares como a dermatoscopia, o exame micológico direto, a biópsia da lesão e dosagens hormonais. O tratamento vai depender da identificação da causa ou origem da hiperpigmentação. Podem ser utilizados cremes com ativos que reduzem a formação de melanina, filtros solares, peelings químicos e lasers.
Prevenção
O uso de filtro solar pode ser uma forma de prevenção para algumas formas de hiperpigmentação.
É uma técnica cirúrgica desenvolvida por cirurgiões dermatológicos na década de 1980 que revolucionou o procedimento de lipoaspiração. Usando anestesia local, pode remover, de forma segura e com êxito, os depósitos de gordura, com pouco desconforto, sem complicações e alcançando melhores resultados cosméticos. A lipoaspiração tumescente também surgiu como um tratamento eficaz para muitos acúmulos de gordura não cosméticos. É realizada em centro cirúrgico ambulatorial, sem a necessidade de internação.
O procedimento envolve injeção de uma solução nas áreas de depósitos de gordura excessivos. A injeção contém anestésico e adrenalina, que diminui os vasos capilares com o intuito de abrandar a perda de sangue. Uma pequena incisão é feita na pele e um microtubo ligado a um vácuo é inserido na camada de gordura. Usando movimentos de vaivém, a gordura é extraída pelo tubo para um sistema que irá armazená-la. Complicações que poderiam surgir por conta da anestesia geral são eliminadas nesse procedimento que usa a local. O paciente fica acordado e pode sinalizar eventuais problemas, além de acompanhar os resultados.
Quando realizada por um profissional qualificado, a lipoaspiração tumescente com anestesia local é um procedimento extremamente seguro, com poucos efeitos colaterais. Ela diminui irregularidades da pele, provoca menor sangramento e reduz hematomas. Não é destinada à perda de peso, pois é um procedimento de contorno. É utilizada em conjunto com exercício físicos e para a manutenção do peso ideal.
Indicação
Indicada para remover gordura indesejada de diferentes áreas do corpo. O que inclui rosto, pescoço, queixo, peito, costas, braços, abdômen, cintura, flancos (“pneuzinhos”), interior e exterior das coxas, nádegas, joelhos e tornozelos. Também é um tratamento eficaz para muitos acúmulos de gordura não cosméticos, como lipomas (tumores de gordura benignos) e ginecomastia (mamas masculinas), e usada para diminuir a transpiração nas axilas.
O que é
O microagulhamento é um procedimento que consiste em microperfurações da pele com finas agulhas metálicas. Seu princípio é semelhante ao da acupuntura, porém, localizado e múltiplo, produzindo efeito apenas na área tratada. Seu resultado mais proeminente é a indução de colágeno e de outras fibras naturais na pele, bem como o espessamento da epiderme. A técnica pode ser feita por rollers (mais comum), canetas elétricas ou carimbos. É sempre importante observar se o material utilizado tem autorização da Anvisa para uso, e se as agulhas são estéreis. Em nenhuma hipótese estas podem ser reutilizadas, mesmo que no próprio paciente.
A técnica mais popular é a minimamente invasiva, na qual o procedimento é realizado apenas com creme anestésico. Na técnica cirúrgica, o microagulhamento é feito de forma mais intensiva e com o paciente anestesiado em ambiente cirúrgico. Usualmente, a técnica minimamente invasiva oferece resultados após uma sequência de aplicações em intervalos regulares (comumente mensais), enquanto a técnica cirúrgica pode já oferecer resultados visíveis em apenas uma sessão.
Para fazer o Microagulhamento o paciente não deve estar com a pele bronzeada nem apresentar infecções locais. Câncer da pele na área tratada ou nas proximidades também contraindica a técnica. A recuperação costuma ser rápida, mesmo nos casos de técnica cirúrgica.
Indicação
As principais indicações do microagulhamento são: cicatrizes, especialmente as de acne, estrias, envelhecimento e flacidez, calvície, melasma e drug delivery em geral.
A palavra peeling provém do inglês “to peel”, ou seja, descamar. Assim, tanto para os peelings químicos quanto para os peelings físicos, o objetivo deste procedimento é promover uma renovação celular por meio da descamação.
O peeling físico consiste em agentes indutores de descamação que podem ser desde lixas e cremes abrasivos, até aparelhos de microdermoabrasão por fluxo de cristais (peeling de cristal) ou as lixas de pontas de diamantes (peeling de diamantes).
A microdermoabrasão é a técnica mais utilizada na prática clínica, e se tornou uma das mais populares. Ela foi descrita em 1985, desenvolvida por Marini e LoBrutto, na Itália. Esse procedimento consiste na aplicação direta sobre a pele de um equipamento mecânico gerador de pressão negativa e positiva simultânea e quimicamente inertes (ausência de produtos químicos).
Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, sendo uma técnica segura, na qual o equipamento possibilita regular os níveis de esfoliação sob pressão assistida. É uma técnica pouco dolorosa e pode ser realizada durante o ano todo e em qualquer tipo de pele, sem a necessidade de anestésico tópico.
Os principais representantes da microdermoabrasão são os peelings de cristal e diamantes:
Microdermoabrasão com cristais (Peeling de Cristal) – é um equipamento que gera pressões negativas e positivas simultâneas e no qual são utilizados microgrânulos de hidróxido de alumínio, jateados pela pressão positiva sobre a pele, provocando erosão nas camadas da epiderme, sendo, ao mesmo tempo, sugados pela pressão negativa. Pode ser combinada com outros procedimentos de remodelamento de superfície de pele ou esfoliações químicas.
Vantagens e Desvantagens:
Vantagens: sem precisar se afastar das atividades; indolor; seguro; percepção do paciente de melhora imediata no tônus, textura e pigmentação.
Desvantagem: limitação do método, por não atingir condições mais profundas (rugas e cicatrizes mais profundas).
Dicas pós-procedimento:
Deve-se evitar a exposição solar utilizando filtros solares hipoalergênicos e hidratação intensiva.
Indicação
As principais indicações são:
-Fotoenvelhecimento – em pacientes de todas as faixas etárias e fototipos de pele;
-Cicatrizes superficiais pós-acne, pós-afecções dermatológicas e pós-cirúrgicas;
-Alterações na pigmentação: melasma, melanoses solares e hiperpigmentação pós-inflamatória;
-Envelhecimento intrínseco – rugas finas (superficiais);
-Acne comedoniana;
-Estrias antigas albas (o objetivo é destruir a camada epidérmica sem atingir estruturas como anexos cutâneos garantindo a restauração da pele).
Contraindicação:
-Infecções virais em atividade;
-Infecções bacterianas em atividade;
-Acne pápulo-pustulosa (pode levar à piora inicial);
-Rosácea (pode levar à piora inicial);
-Isotretinoína oral sendo esta postergada para 6 a 12 meses pós-tratamento.
Conclusão:
A microdermoabrasão produz, depois de repetidas sessões, efeito cumulativo, estimulando a neocolagenese (novas fibras de colágeno) e promovendo renovação celular, mesmo sem aprofundamento da técnica. Tem efeitos notáveis sobre a função de barreira da pele, levando à melhora clínica da mesma. Logo, é um procedimento de grande valia por ser de execução rápida, sem efeitos colaterais importantes e por não deixar sequelas. Há, também, grande aceitação e satisfação por parte dos pacientes.
Técnica utilizada como opção de fechamento de ferida cirúrgica, utilizando-se a pele de uma área distante da lesão para cobrir a área aberta pela cirurgia.
Após anestesia local, remove-se a lesão com bisturi. Em seguida, uma área de pele sadia, distante da lesão, é removida para fechar a ferida. Coloca-se, então, a pele sã sobre a ferida e procede-se a sutura com pontos externos. Há a necessidade de um curativo compressivo, que aperte a pele sobre o local no qual ela foi colocada, para garantir sua aderência ao tecido. Os pontos são retirados cerca de dez a 15 dias depois.
Indicação
A indicação para se cobrir a ferida cirúrgica com a pele de outra localização (enxerto) acontece quando a ferida cirúrgica não pode ser fechada diretamente por pontos cirúrgicos, com aproximação das bordas da ferida lado a lado ou o fechamento da ferida cirúrgica não pode ser realizado com rotação de retalhos.
O ultrassom microfocado é um tratamento que foi desenvolvido com o intuito de proporcionar efeito de lifting facial de forma não-invasiva e não-cirúrgica. Essa tecnologia utiliza o calor para promover a melhora da flacidez. As ondas do ultrassom conseguem atingir e aquecer as camadas mais profundas da pele, nas quais a contração do colágeno começa a ocorrer. Ele consegue mapear toda a estrutura da pele e, somente depois, inicia o tratamento nos pontos necessários.
A energia é focada em um ponto abaixo da superfície da pele e concentrada em uma área de cerca de 1mm cúbico por ponto. Este aumento da temperatura produz pequenos pontos de coagulação térmica a uma profundidade de até 5mm nas camadas mais profundas da pele, sem danificar as camadas mais superficiais.
Além da coagulação tecidual, a aplicação do calor promove a desnaturação das fibras colágenas no tecido gorduroso abaixo da pele, localizadas próximas aos músculos da mímica facial, assim como na porção mais profunda da derme. Este processo leva à contração dessas fibras e estimula a formação de colágeno novo no local. Isso provoca uma contração muscular que causa efeito de lifting facial imediato após o tratamento e se prolonga por meses, tendo seu pico em torno do quarto ou quinto mês, período no qual a produção de colágeno se encontra em estágio máximo, resultando em melhora importante da flacidez.
Indicação
Sua principal indicação é a flacidez de leve a moderada, tanto facial quanto corporal em indivíduos (homens ou mulheres) que não estejam preparados para realizar lifting cirúrgico. É indicada somente uma sessão anual, porém, em casos de flacidez mais acentuada, o procedimento pode ser feito com intervalo menor, de seis em seis meses. Pode ser feito na face, pescoço, olhos, mãos, rugas periorais (“código de barras”), e também barriga, interno de coxa, glúteos, abdome e joelhos, com resultado bastante satisfatório.
O que é
Procedimento simples no qual um pequeno fragmento da pele ou da mucosa é retirado para análise patológica. É comum confundir o termo biópsia com o exame patológico propriamente dito. As biópsias cutâneas podem ser feitas com um “punch”, por “shaving”, por curetagem ou por excisão com bisturi. Todas as técnicas são precedidas por anestesia local, sem risco para o paciente. O anestésico é injetado após assepsia e causa ardência por um período não superior a 30 segundos, além disso, o procedimento não traz qualquer desconforto ao paciente.
Punch: um cilindro de superfície cortante que, ao ser girado rotatoriamente, se aprofunda na pele e permite a remoção de um cone que pode alcançar até a gordura subcutânea. A ferida resultante é pequena e costuma ser suturada. Vários diâmetros são disponibilizados, cada um adequado para diferentes propósitos.
Shaving: é feito com uma navalha que não se aprofunda em demasia, removendo um fragmento mais superficial da pele, mas que pode ser mais extenso do que os removidos por “punch”. Esta maior extensão pode facilitar o estudo patológico das inflamações ou dos tumores de localização superficial. Não há necessidade de sutura e costuma cicatrizar mais rapidamente, mas não se presta para o estudo de processos inflamatórios mais profundos ou para a avaliação de margens de ressecção cirúrgica nos casos de neoplasias.
Curetagem: raspagem realizada por meio de uma cureta que retira vários e pequenos fragmentos de pele. Cicatriza muito rapidamente, sem necessidade de sutura. Não permite, entretanto, a remoção de partes mais profundas da pele. Nos casos de tumores pequenos, superficiais e em áreas de baixo risco, pode ser curativa, principalmente quando associada à cauterização elétrica ou química subsequente.
Excisão com bisturi: remove fragmentos que podem ter grande extensão e profundidade. Há excisões em forma de fuso de pele fechadas por sutura simples aproximando-se as bordas e outras, de formas circulares ou ovais, reparadas por rotação de retalhos cutâneos que permitem a retirada de grandes áreas com bom resultado estético. Alguns pontos são necessários para o fechamento da ferida e só devem ser removidos depois de cinco a 20 dias, dependendo da extensão e da localização. É utilizada para remoção de tumores, de bolhas, de paniculites ou de outros processos inflamatórios profundos ou em áreas onde a excisão com bisturi gera melhores cicatrizes.
O cuidado pós-operatório indicado pelo dermatologista é muito importante para se evitar infecções que podem atrasar a cicatrização ou deixar defeitos inestéticos.
Indicação
A biópsia, em casos dermatológicos, é realizada a fim de diagnosticar doenças de pele císticas, tumorais, inflamatórias, do desenvolvimento ou de depósito. Nas biópsias excisionais, o objetivo é a resolução do processo por meio da avaliação da suficiência das margens de ressecção cirúrgica.
Depilação é a remoção intencional de pelos de regiões do corpo, de forma duradoura ou temporária. A versão a laser é eficaz em quase todas as áreas corporais, sendo que vários tipos de laser e luz intensa pulsada podem ser usados para obter resultados prolongados, incluindo o laser de diodo, o alexandrite e o Nd: YAG. Durante a aplicação, a energia emitida pelo aparelho é atraída pela pigmentação (melanina) do folículo piloso, levando ao enfraquecimento e destruição. Dependendo da área tratada, o procedimento pode durar apenas alguns minutos.
O número de sessões dependerá da área tratada, da densidade dos pelos e do ciclo de crescimento. Várias sessões são necessárias, pois o laser enfraquece o folículo apenas quando o pelo está na fase de crescimento. O resultado do tratamento varia de paciente para paciente, pois fatores como a cor da pele, a pigmentação e a espessura do pelo são determinantes. Alterações hormonais podem influenciar, prejudicando o resultado do tratamento ou aumentando a necessidade de sessões. Após cada sessão, a pessoa pode retomar suas atividades diárias, no entanto, sem exposição solar no local tratado.
Indicação
Considerações: pelos grossos e escuros respondem melhor ao tratamento. Evitar o uso de laser na pele bronzeada.
Procedimento que consiste no lixamento da pele para correção de alterações da sua superfície, como cicatrizes ou asperezas. Pode ser feito manualmente ou com o uso de aparelhos dermoabrasores (pequenas lixadeiras de alta rotação, semelhantes a um esmeril). O procedimento necessita de anestesia prévia e pode ser realizado no consultório ou em ambiente hospitalar, de acordo com as necessidades de cada paciente.
Após o procedimento, há vermelhidão e inchaço da pele, com formação de crostas nas áreas abrasadas e vizinhas. Essa vermelhidão é normal e esperada, e pode persistir por algumas semanas após o procedimento. O colágeno continua a sofrer remodelamento até seis meses após o procedimento, isso que dará uma melhora global na textura da pele. Esse colágeno será o responsável pelo preenchimento de rugas e cicatrizes, porém é preciso saber que a necessidade de retoques deverá ser reavaliada constantemente. É importante seguir as recomendações médicas de evitar a exposição solar e utilizar filtros físicos e químicos após o procedimento para evitar o risco de manchas na pele.
Indicação
Um de seus usos mais frequentes é no tratamento de cicatrizes de acne. Também é utilizado para correção de bordas elevadas em cicatrizes cirúrgicas e para tratamento de manchas solares (microdermoabrasão). A dermoabrasão também é indicada no tratamento de estrias.
O que é
O sistema linfático compõe-se de uma rede de vasos que leva para a corrente sanguínea o excesso de fluidos dos tecidos e dos órgãos (linfa). O processo de chegada dos fluidos aos tecidos é mais intenso que o da saída. Assim, há excesso de líquido no espaço intersticial (entre as células), que é, então, reabsorvido pelos capilares linfáticos. Portanto, o fluido dos tecidos que não volta aos vãos sanguíneos é drenado para os capilares linfáticos existentes entre as células.
A drenagem linfática tem como objetivo aumentar o volume e a velocidade da linfa a ser transportada pelos vasos e ductos linfáticos, por meio de manobras que imitem o bombeamento fisiológico. Ela tem influência direta no aumento da oxigenação dos tecidos, favorece a eliminação de toxinas e metabólitos, aumenta a absorção de nutrientes por meio do trato digestório, aumenta a quantidade de líquidos a ser eliminada e melhora as condições de absorção intestinal, dentre outras funções.
Em consequência disso, tem-se: redução do edema, maior hidratação e nutrição celular, maior rapidez na cicatrização de um ferimento (em consequência de uma melhor irrigação sanguínea decorrente da diminuição do edema) e reabsorção mais rápida de hematomas e equimoses.
A drenagem linfática pode ser manual ou mecânica, sendo que seus benefícios são semelhantes. Por ser uma técnica de massagem específica, a manual deve ser realizada por profissionais devidamente habilitados. Trata-se de uma técnica composta por manobras suaves, lentas, monótonas e rítmicas feita com as mãos, que devem obedecer ao trajeto do sistema linfático superficial. Ela tem por objetivo a redução de edemas e linfedemas (que surgem em situações pós-traumáticas, pós-operatórias, de distúrbios circulatórios venosos e linfáticos de diversas naturezas, dentre outras) e a prevenção ou melhoria de algumas de suas consequências.
Esta técnica diferencia-se de outros métodos de massagem, especialmente da clássica, por não produzir vasodilatação arteriolar superficial (hiperemia) e por utilizar pressões manuais extremamente suaves e lentas. Portanto, massagem e drenagem são duas técnicas distintas. Assim, a drenagem linfática jamais deve produzir dor e eritema, pois este segundo é decorrente do aumento do aporte sanguíneo local. Pressões excessivas são capazes de lesar os capilares linfáticos, que são muito frágeis. Por isso, é preciso ter atenção, pois várias técnicas de massagem são utilizadas de maneira inadequada e denominadas, falsamente, de drenagem linfática manual, causando prejuízos aos pacientes.
A ideia, muito difundida há 30 anos, de amassar os nódulos e as placas de celulite por meio de “beliscões energéticos”, provocando ruptura de vasos sanguíneos, é prova de um incalculável obscurantismo. Há quase 100 anos, já se descrevia que as técnicas de massagem dos tecidos superficiais com celulite e gordura localizada devem ser realizadas de forma leve, superficial, branda e agradável. Sem se esquecer de respeitar sua integridade para não produzir hematomas, equimoses e, tampouco, dor excessiva, uma vez que a ruptura de fibras elásticas e a formação de processos inflamatórios pioram ainda mais o estado dos tecidos comprometidos.
Somando-se a este panorama são descritas na literatura complicações clínicas graves do uso inadequado e inadvertido de técnicas de massagem tais como hematomas hepáticos, necrose de gordura subcutânea, deslocamento uretral, embolização arterial renal, dentre outras. Devemos salientar que outras técnicas de massagem e terapias manuais são indicadas como coadjuvantes e complementares para o tratamento de algumas disfunções estéticas. Porém, devem respeitar a integridade dos tecidos manipulados e não podem ser denominadas como drenagem linfática manual.
A drenagem mecânica tem os mesmos objetivos da linfática manual e une a tecnologia aos conhecimentos de quem trabalha com o aparelho. É vista como um método não invasivo, utilizando sobre a pele aparelhos específicos que funcionam por meio de rolamento, sucção e/ou pressoterapia com o objetivo de auxiliar a diminuição do edema. Portanto, visa resultados mais potencializados por conta de equipamentos específicos voltados para esse tipo de drenagem, permitindo uma atuação mais profunda, atuando, segundo alguns fabricantes, no tecido adiposo e podendo chegar à musculatura.
Com maior precisão e atuação mais profunda, a drenagem mecânica pode ajudar no tratamento da celulite e da gordura localizada, promovendo relaxamento muscular, além de combater a retenção de líquidos, ajudando a remodelar e definir a silhueta, facilitando a circulação sanguínea, prevenindo edemas e eliminando toxinas. Todavia, é importante considerar que, na drenagem manual, a percepção tátil utilizada pelo profissional capacitado é, dificilmente, reproduzida fielmente pelos aparelhos eletrônicos que auxiliam na realização da drenagem linfática mecânica.
A drenagem linfática, manual ou mecânica, é sempre utilizada como coadjuvante nos tratamentos.
Indicação
Indicações da drenagem linfática: tecidos edemaciados, circulação sanguínea de retorno comprometida, edema no período gestacional e tensão pré-menstrual, tratamento de pré e pós-cirurgia plástica, tratamento pós-lipoaspiração, celulite, cicatrizes hipertróficas e queloidianas, relaxamento de pessoas tensas, dentre outras indicações.
Dentre as contraindicações estão: infecções agudas, flebites e tromboflebites, neoplasias malignas (câncer) diagnosticadas e em atividade, insuficiência cardíaca, hipotensão arterial, hipertireoidismo não tratado, asma brônquica grave e não tratada e febre.
O que é
Técnica para facilitar a entrada e potencializar a penetração de ativos no corpo ou no rosto, reduzindo não só o tempo necessário para que o resultado apareça como o número de sessões do tratamento em questão.
Assim, o drug delivery permite a entrega eficaz de moléculas terapêuticas em variados alvos da pele. O estrato córneo (camada mais superficial da pele) é a mais importante barreira e o limitante na penetração dos princípios ativos. Para se ter uma idéia da capacidade dessa barreira, apenas cerca de 0,03% de um produto aplicado topicamente consegue chegar nas camadas mais profundas.
As microperfurações da técnica de drug delivery têm a função de vencer essa barreira natural, entregando os medicamentos mais profundamente e de forma concentrada. Para tanto, usa-se um princípio ativo – por exemplo, em um tratamento para clarear a pele, a vitamina C ou um clareador -, e o laser fracionado, para fazer com que a substância penetre bem na pele. Além disso, há o benefício adicional de estimular a produção de novas células, fibras de colágeno e elastina.
Todo dispositivo que provoque uma perda da integridade da epiderme (primeira camada da pele) pode agir como um drug delivery, sendo que alguns são mais eficazes que outros, seja pela profundidade de penetração, pela associação de tecnologias e pela formação ou não de coagulação ao redor do canal. O procedimento pode ser feito por meio de microagulhamento, laser ou dermaroller (rolinho cheio de agulhas).
Indicação
O drug delivery é indicado para tratamento de manchas, rugas, flacidez, rejuvenescimento, poros abertos, cicatrizes, estrias, cicatrizes de acne, olheiras e queda de cabelo. Sendo que neste último, usamos substâncias para estimular o crescimento e o fortalecimento capilar. O tratamento deve ser realizado em consultório médico com todos os cuidados de assepsia e esterilização.
A excisão é um procedimento realizado para remover uma lesão de pele, que pode ser benigna ou maligna. Feita com anestesia local, quando se trata lesões pequenas, normalmente é uma técnica ambulatorial. O dermatologista, ao medir a área a ser removida, inclui uma margem de segurança. Em seguida, limpa a região tratada e aplica uma injeção com anestésico no local da lesão a ser removida.
A remoção pode ser feita com bisturi até a camada gordurosa da pele, assim, o profissional se certifica de que todo o material foi retirado. Em seguida, ele deverá ser enviado a um laboratório para análise patológica. O fechamento da ferida cirúrgica se faz com pontos e curativos. Após um período de sete a 14 dias, os pontos são removidos, dependendo da localização e se os fios não estiverem sob tensão (muito esticados), pois se corre o risco de a ferida cirúrgica se abrir.
Indicação
A excisão cirúrgica é indicada para a remoção de tumores benignos e malignos. O exame pode ser realizado para diagnosticar todo tipo de doença de pele: tumores benignos, malignos, inflamatórias (psoríase, por exemplo) ou infeccioso (hanseníase, por exemplo).
O termo Laser corresponde à sigla inglesa para Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Na prática, é uma tecnologia que produz radiação eletromagnética utilizada com diversas finalidades. Na Dermatologia, esta forma de energia atinge determinado “alvo” na pele promovendo sua modificação física, química ou biológica. Os “alvos” podem ser um pigmento do próprio organismo como a melanina (presente nas manchas de sol), a tinta de uma de tatuagem ou até mesmo a água, como acontece com os lasers fracionados que estimulam a produção de colágeno novo por meio do aumento de temperatura.
Atualmente os lasers são amplamente utilizados nos tratamentos dermatológicos. As suas principais indicações são:
Atualmente, o uso dos lasers e de outras tecnologias relacionadas é fundamental para muitos tratamentos dermatológicos. Técnicas cientificamente comprovadas, aparelhos aprovados pela Anvisa e a capacitação do profissional que irá executá-los são pontos importantes que devem ser avaliados quando desejamos nos submeter a eles. Procure sempre um dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Luz intensa pulsada (LIP): tecnologia que emite feixes de luzes policromáticas e não colimada (em várias direções). Ou seja, são luzes diversas que emitem comprimentos de onda variados na pele, gerando calor local por meio desses disparos.
No tecido que está sendo tratado existem componentes fotorreceptivos, cromóforos, os quais convertem a energia luminosa que receberam do equipamento em calor, coagulando o tecido e ativando, também, reações químicas do organismo. Desse modo, lesiona-se somente o tecido-alvo.
Indicação
Vários estudos demonstram que a luz intensa pulsada é capaz de promover efeitos benéficos como: rejuvenescimento da pele, por proporcionar aumento na espessura, estimular a produção e reorganizar uniformemente as fibras colágenas e elásticas (responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele). Além disso, aumenta a atividade dos fibroblastos (células da derme responsáveis pela secreção das fibras de elastina e de colágeno).
Com isso, a aplicação da luz pulsada na pele envelhecida provoca a redução de telangiectasias (microvasos), rubor e vermelhidão. Também proporciona melhora da aparência de rugas finas e grossas, da textura e aspereza da pele, na redução do tamanho de poros e na secreção de sebo, na elasticidade, na redução da elastose e na diminuição de ceratoses actínicas e manchas.
Peelings químicos consistem na aplicação de agentes que destroem as camadas superficiais da pele, seguindo-se, então, da sua regeneração, com uma aparência geral melhorada. É uma forma de esfoliar e acelerar a renovação da pele. Pode ser superficial, médio e profundo. Os peelings superficiais precisam ser feitos em séries, e sua descamação costuma ser fina, enquanto os médios e profundos são realizados em aplicações únicas, com descamação mais intensa e formação de crostas. Cada paciente deve ser avaliado pelo dermatologista que indicará o melhor tratamento.
Alguns dos agentes utilizados para a realização dos peelings químicos são:
Fenol – usado para realização de peeling profundo há aproximadamente 100 anos; atinge intensamente a pele; só é indicado para tratar o envelhecimento da face quando existem muitas rugas e a pele é muito clara; o resultado é excelente e duradouro, porém é necessária uma avaliação cardiológica, pelos possíveis efeitos colaterais;
Ácido tricloroacético (ATA) – pode ser combinado com outros agentes para a realização de um peeling médio no tratamento de rugas e cicatrizes;
Ácido salicílico – utilizado para a realização de peeling superficial, com melhora do aspecto da pele, redução das rugas finas e manchas, além de auxiliar no controle da acne;
Solução de Jessner e ácido glicólico – também usados para peeling superficial ou médio (neste caso combinados com o ATA), principalmente para o tratamento de rugas finas, manchas e acne;
5-fuoruracil (5-FU) – combinado com a aplicação prévia da solução de Jessner ou do ácido glicólico para o tratamento de queratoses actínicas múltiplas ou campo de cancerização;
Ácido retinoico – mais usado em creme no tratamento domiciliar do envelhecimento da pele; para peeling é usada uma solução de cor amarelada ou cor de base, com resultados satisfatórios no tratamento adjuvante da acne, melasma e envelhecimento cutâneo.
Após um peeling químico superficial a pele se refaz em um a quatro dias; já os peelings médios e profundos constituem uma ferida cuja cicatrização inicia-se em 24 horas e se completa dentro de sete a 15 dias.
Os peelings químicos não devem ser realizados se houver exposição solar, durante a gravidez, se existir alguma “ferida” aberta no local a ser tratado, se estiver sob estresse físico e mental ou apresentar hábito de “cutucar” a pele. As expectativas devem ser condizentes com cada tratamento. Proteção solar adequada é imprescindível.
Indicação
São utilizados para atenuação de rugas, manchas e cicatrizes; na diminuição das lesões pré-malignas como as queratoses actínicas e no auxílio do tratamento da acne.
Preenchimento cutâneo é uma técnica empregada para correção de sulcos, rugas e cicatrizes, por meio da injeção de substâncias sob a área da pele a ser tratada, elevando-a e, assim, diminuindo sua profundidade. Um dos principais objetivos dos preenchedores é repor o volume da face, melhorar seus contornos e formas. O ácido hialurônico é o principal preenchedor utilizado hoje. O corpo humano fabrica esta substância, capaz de manter as formas e contornos, mas essa produção cai com o passar dos anos. Após a aplicação do produto, a área pode ficar levemente avermelhada e inchada. Alergias, gestação, amamentação, doenças prévias e uso de medicação rotineira devem ser informados ao médico. O risco de alergia é raro. Os preenchedores são realizados em combinação com outros procedimentos para melhorar o resultado final, como o uso de toxina botulínica, lasers e peelings.
Indicação
Indicado para atenuar rugas, cicatrizes e sulcos, principalmente o nasogeniano (vai do canto do nariz ao canto da boca, popularmente chamado de bigode chinês). Também utilizado na correção de cicatrizes de acne; reposição volumétrica em áreas do rosto nas quais ocorreram perdas de gordura e de sustentação, causadas pelo envelhecimento; contorno e volume dos lábios; tratamento de olheiras e contorno mandibular.
Toxina botulínica é uma proteína produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Quando administrada oralmente em grandes quantidades, bloqueia os sinais nervosos do cérebro para o músculo, causando paralisia generalizada, chamada botulismo. No entanto, por injeção, em quantidades muito pequenas, em um músculo facial específico, apenas o impulso que orienta este músculo será bloqueado, causando o relaxamento local. Deste modo, a toxina botulínica atua como um bloqueio da musculatura subjacente das linhas indesejadas.
O tratamento envolve injeção em quantidades muito pequenas nos músculos subjacentes para imobilizá-los. A terapia atual é bem tolerada, rápida e a recuperação é mínima. Alguns efeitos colaterais permanecem por cerca de três a sete dias após o procedimento. A toxina começa a fazer efeito sete a 14 dias depois e esse efeito perdura por cerca de três a seis meses até que desaparece gradativamente, enquanto a ação muscular retorna. Com aplicações em intervalos regulares, pode ocorrer de o músculo enfraquecer e, dessa forma, as aplicações passarem a durar mais tempo.
Os efeitos colaterais são mínimos e relacionam-se com a injeção local. Dor ou edema podem surgir em torno do local da injeção. Maquiagem pode ser usada após o tratamento, mas é preciso ter cuidado para não pressionar ou massagear a área após algumas horas do procedimento. Em casos raros, os pacientes podem desenvolver fraqueza temporária dos músculos vizinhos, ou dor de cabeça, ou sobrancelha e/ou pálpebra caída, também temporariamente.
Indicação
A toxina botulínica é indicada para amenizar linhas de expressão e rugas profundas. Por exemplo, as linhas verticais entre as sobrancelhas; pés-de-galinha nos cantos dos olhos; linhas horizontais na testa e nas bandas do músculo platisma, conhecido como pescoço de peru.
Também é usada para o reposicionamento das sobrancelhas: o músculo é enfraquecido e relaxado, para não contrair. Esse tratamento previne que se formem novas rugas. Alguns músculos não podem ser tratados, pois realizam funções importantes na expressão natural de uma pessoa. É o caso do músculo que levanta as sobrancelhas e dos músculos da linha do sorriso, uma vez que eles são necessários para as expressões dessa região e até para comer.
A transpiração excessiva pode aliviar com injeções altamente diluídas da toxina botulínica, diretamente na pele das axilas ou na pele nas palmas das mãos e plantas dos pés. Há paralisação das glândulas sudoríparas da pele que são responsáveis pela transpiração excessiva. Uma única sessão de tratamento pode fornecer meses de alívio, e os especialistas acreditam que as injeções podem ser repetidas indefinidamente, uma ou duas vezes por ano.
A acne é uma doença que precisa ser tratada independentemente da idade da pessoa. Espremer e cutucar espinhas devem ser evitados, assim como o uso de produtos caseiros ou desconhecidos. Não se deve também acreditar em soluções milagrosas, pois elas só pioram o quadro. A acne pode ser angustiante e irritantemente persistente. Suas lesões cicatrizam lentamente e, muitas vezes, quando começam a melhorar, outras parecem surgir.
Existem diferentes tipos de acne. A acne mais comum é o tipo que se desenvolve durante a adolescência. A puberdade faz com que os níveis hormonais fiquem elevados, especialmente a testosterona. Esses hormônios causam mudanças nas glândulas da pele, que começam a produzir mais óleo (sebo). Essa oleosidade acontece para proteger a pele e mantê-la úmida. A acne começa quando o óleo se mistura com células mortas da pele e obstrui os poros – bactérias podem crescer nessa mistura. Se essa mistura vaza para tecidos próximos pode provocar inchaço, vermelhidão e pus. Um nome comum para essas protuberâncias é espinhas.
Dependendo da gravidade, a acne pode causar sofrimento emocional e levar a cicatrizes da pele. A boa notícia é que existem tratamentos eficazes disponíveis – e quanto mais cedo eles forem iniciados, menor será o risco de danos à pele e à autoestima. Conforme o grau e a intensidade da acne, o tratamento se dá por via oral ou local, dependendo de uma avaliação criteriosa do dermatologista.
Os tratamentos disponíveis para a acne, portanto, incluem cremes, géis, sabonetes e antibióticos orais, além da isotretinoína. Os tratamentos complementares que podem ser recomendados pelo dermatologista são: extração de comedões, punção ou drenagem de pústulas, nódulos e pseudocistos, infiltração de medicações específicas, quando necessário, como corticoides, e o tratamento das cicatrizes associadas com peelings, laser e outros procedimentos, como a dermoabrasão, subincisão e preenchimentos cutâneos com gordura ou ácido hialurônico. As manchas associadas à acne podem ser tratadas com procedimentos em consultório e cremes em casa. Alguns métodos novos, como a fototerapia com luz azul, podem ser indicados em casos específicos.